Tarde de Cultura homenageia a cidade de Pitangui, 7ª Vila do Ouro de Minas

O promotor cultural e pesquisador da história e do folclore de Pitangui, José Raimundo Machado vai falar sobre duas personagens marcantes da história da região: as matriarcas Joaquina do Pompeu e Maria Tangará. Na ocasião, será inaugurada a “Miniexposição documental sobre os 300 anos de Pitangui”. O historiador, escritor e professor Raimundo da Silva Rabello, fará a apresentação do seu livro “O Payz do Pitanguy”. O evento contará com a colaboração do Centro Cultural Dona Joaquina do Pompeu.
Pitangui foi fundada por bandeirantes paulistas no final do século XVII e elevada à categoria de “Vila” (Vila de Nossa Senhora da Piedade de Pitangui), em junho de 1715, a 7ª daquele período criada pela coroa portuguesa. A cidade do Centro – Oeste foi importante entreposto de abastecimento para viajantes, bandeirantes, sertanistas que iam em direção a outras regiões, incluindo Goiás.
Direta ou indiretamente, Pitangui foi palco de revoltas, como a denominada “Rebelião da Cachaça”, por volta de 1720. Confronto entre tropas do governo e habitantes locais, em especial os bandeirantes, envolvendo a produção da caninha.
A história de Pitangui registra nomes famosos, entre os quais o bandeirante Antônio Rodrigues Velho, o Velho da Taipa; Gustavo Capanema; Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, conselheiro de D. Pedro I; mas, com certeza, nome de grande expressão é o de Joaquina do Pompeu, a “Dama do Sertão”. Mulher determinada, controvertida, corajosa, empreendedora, dona de inúmeras fazendas de gado, vasta extensão de terra, escravos, cavalos, muares. Consta que abastecia de carne e alimentos a corte portuguesa recém-chegada no Rio de Janeiro. Consta ainda que ela influenciou a anexação do território do Triângulo Mineiro a Minas Gerais.
A Tarde de Cultura, que será coordenada pelo médico Cláudio Luiz Lemos de Morais, vai ser no próximo dia 18, das 16h às 18h, na sede da OAP. A entrada é de graça. Informações pelo telefone 3409-4505.